domingo, 27 de maio de 2012

Verdade de Plástico...


A mentira é o fruto do medo.
Do medo que temos, 
Acima de tudo o resto, 
De Nós próprios.
De nos confrontarmos com a Verdade, 
Com a transparência, 
Com o rigor e a atitude, no Ser e no Estar.
A mentira é oportuna e dá jeito.
É oportuna porque salvaguarda-nos em qualquer situação (mesmo as mais mirabolantes).
Dá jeito porque aligeira soluções e resolve no imediato incertezas e dúvidas e até crises existenciais. 
Há mentiras piedosas. 
São inócuas. 
Não prejudicam nem lesam. 
Mantêm o “verde” no Jardim.
Outras mentiras são atrozes e cruéis. 
Pior: 
Há vidas de mentira permanente, 
Vestidas de um faz-de-conta dos Contos de Fadas, onde o Jardim se reveste de mil cores e mil flores. 
Todas de plástico.



segunda-feira, 14 de maio de 2012

POR QUE AS MÃES CHORAM




DIÁLOGO DO FILHO COM A MÃE

"Por que você está chorando?", perguntou o menino à sua mãe.
"Porque eu sou mãe", ela respondeu.
"Eu não entendi", ele disse.
Ela apenas o abraçou e sussurrou: "Você nunca entenderá".
Mais tarde o menino perguntou ao pai porque as mães parecem chorar sem nenhuma aparente razão.
"Todas as mães choram sem motivo", foi o que o pai conseguiu responder.
O menino cresceu, tornou-se um homem e ainda tentava entender porque as mães volta e meia estão chorando.
Após muitos anos, já em avançada idade, ele deixou o mundo.
Quando sua alma viu-se frente a frente com Deus, logo disse:
"Senhor; nunca entendi porque as mães choram tão facilmente".
Disse Deus: "Quando eu criei as mães tinha que ser algo especial".
Eu fiz seus ombros fortes, o suficiente, para carregar o peso do mundo e ainda, suficientemente confortáveis para dar apoio.
Eu dei a elas a força para a hora do nascimento dos filhos e para suportar a rejeição que tantas vezes vem deles.
Eu dei a elas a fibra que permite a continuação da luta quando todos à sua volta já desistiram.
Dei-lhes a perseverança em proteger a família por entre doenças e tristezas sem jamais desistir de amar.
Dei-lhes a sensibilidade para amar seus filhos diante de quaisquer circunstâncias, mesmo que eles a tenham magoado profundamente.
Essa mesma sensibilidade as ajuda a silenciar o chorinho dos seus bebês, fazendo com que se acalmem e, quando adolescentes, que compartilhem com ela suas ansiedades e medos.
E..., finalmente, dei-lhes a lágrima para derramarem sem nenhuma razão aparente.
É sua única fraqueza.
Por que fiz isso?
“Para não diferenciá-las por completo do restante da espécie humana".

(Silvia Schmidt - Why Mothers Cry - Malcoln Robbins)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Chega uma hora que...

Chega uma hora que parece que por mais que você tente, nada da certo.
Chega uma hora que parece que por mais que você faça, nada é suficiente.
Chega uma hora que por mais que você lute, parece que a força nunca é suficiente.
De tanto lutar, brigar, tentar...
Chega uma hora que ele deixa de sonhar junto com você.
Chega uma hora que ele resolve partir.
Você acaba ficando para trás.
Chega uma hora que o corpo cansa de sofrer.
Chega uma hora que o peito dói tanto que a dor já é como se nao existisse mais,
 o corpo já esta calejado.
Chega uma hora que os olhos de tanto chorar, já nem escorrem mais lágrimas.
Tudo morreu.
Tudo se foi.
Os caminhos se perderam e tudo o que restou foi a dor.
Não há como viver sem a outra metade.
Ninguém sobrevive sem coração.
E ele partiu levando o seu...
E agora ela nao sabe mais o que fazer e nem como.
A sua vida era ele.
O seu sol era ele.
E tudo se foi.
Só restou a escuridão.
Ela nao consegue nem se reconhecer mais.
O coração esta cada vez mais doente.
Ela pensa que nao é mais preciso viver.
E se entrega.
Vai se entregando aos poucos.
Vai morrendo aos poucos.
E o coração pára.
Não precisa mais bater.
Ela acaba se entregando.
E ela se vai...